filmeu
Imagem notícias defeito 1

Quando o cancro "passa a perna" ao sistema imunitário

Imuno-Oncologia: quando o cancro sequestra o sistema imunitário

16.07.17 - 00h00

No último evento das Iª Jornadas de Engenharia Biomédica, conduzido pela docente da Universidade Lusófona, profª Doutora Maria Guadalupe Cabral falou-se sobre o funcionamento do sistema imunitário, as suas forças e fraquezas, o seu papel no organismo, as suas componentes, células constituintes, as características e os procedimentos do cancro/tumor, e muito mais.

A principal função do sistema imunitário é saber distinguir o que é bom e o que constitui uma ameaça para o nosso organismo, destruindo o que é potencialmente prejudicial. "Se não houver esta distinção no sistema imunitário, ele pode virar-se contra o próprio organismo, e causar destruição de células e tecidos importantes. E assim surgem doenças auto-imunes, como: esclerose múltipla, diabetes, lúpus, artrite, entre outras" - afirma.

A professora chama atenção para o facto de o nosso sistema imunitário ser uma ameaça para o próprio. Quando este se encontra muito ativado, pode matar as células do nosso organismo e ser enganado por alguns convidados indesejados, como é o caso do cancro, que traz consigo proteínas alteradas.

O cancro tem promove a inflamação, aproveitando-se da mesma e faz dela a sua aliada impedindo que o sistema imunitário o destrua.

O cancro "engana" o sistema imunitário fazendo-se passar por "bonzinho", e atrai as células imunitárias para a sua massa. Aproveita-se destas células para desenvolver mecanismos para protegê-lo, ao mesmo tempo que o ajudam a continuar a crescer. "Assim o cancro vai comportar-se como se fosse um conhecido normal, que tem de ser tolerado e não destruído. E é isto que acontece quando o cancro sequestra o sistema imunitário trazendo-o para o "lado negro da força" - explicou a professora Maria Guadalupe Cabral.

Cancro da mama

Foi inevitável não falar sobre o tipo de cancro mais comum na sociedade de hoje: o cancro da mama. O cancro da mama é a causa de morte mais comum em mulheres entre os 20 e os 59 anos de idade. "Uma em cada sete mulheres virá a desenvolver esta doença" - explicou.

Em Portugal, mais de 1.500 mulheres morrem de cancro da mama por ano. Esta é uma luta travada com muita braveza pelas mulheres, e felizmente, hoje em dia, são conhecidos muitos casos de sucesso sobre este mal.

Embora o cancro da mama seja mais comum entre as mulheres, os homens também têm vindo a ser afetados, cada vez mais, por esta doença.

Yauri Neto
Comunicação Institucional
Notícias Lusófona

Partilhar

Lisboa 2020 Portugal 2020 Small Logo EU small Logo PRR republica 150x50 Logo UE Financed Provedor do Estudante Livro de reclamaões Elogios