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Os Jogos Olímpicos abrem as portas ao surf

Lusófona organiza conferência para debater a estreia do surf nos Jogos Olímpicos

23.01.17 - 00h00

O surf tornou-se recentemente num desporto Olímpico e a Universidade Lusófona realizou uma conferência onde várias questões relacionadas com o assunto foram abordadas.

A conferência teve como oradores o diretor do Instituto de Treino Desportivo Teotónio Lima e docente da Lusófona, professor José Curado, o representante da marca Hurley Portugal, Gonçalo Lopes, o jornalista especializado em surf, Miguel Pedreira e também contou com a presença dos treinadores e mentores, Jorge Gato Ribeiro e Miguel Moreira. O moderador foi treinador e docente da Lusófona professor Sandro Maximiliano.

Numa sala cheia onde cerca de 90% da audiência pertencia à área do surf, o professor José Curado refletiu sobre a expansão do surf, a participação nos Jogos Olímpicos, o surf português e o surf estrangeiro, a posição do treinador e a cultura de vitória.

John John Florence

O professor também enumerou o que chama de os 5 Pilares da Cultura de Vitórias: "altas expetativas e exigências, ambiente de treino desafiador, não deixar pedra sob pedra, confiabilidade do ambiente e influenciar para cima e para baixo".

Gonçalo Lopes, ex-surfista fez uma pequena abordagem sobre o posicionamento das marcas nesta nova etapa do surf. "Nós, as empresas, estamos extremamente excitados e muito agradados com esta decisão de irmos para frente com os Olímpicos, pois esta luta já tem quase 80 anos" - anunciou o representante da Hurley.

A indústria do surf

Para Gonçalo Lopes a indústria do surf sofre a maior crise financeira de sempre e duas das grandes marcas do mundo do surf, Billabong e Quiksilver, estão em modo chapter eleven (tentativa de recuperação para impedir que atinjam a falência). Por isso acredita sem dúvida alguma que este acontecimento vai ser a salvação para a indústria do surf, relacionando-as com as vendas de pranchas e de roupas.

Há alguns anos atrás o surf não era visto como um desporto, mas sim como lifestyle, e por isso não havia a preocupação com o atleta, com a performance que se pode atingir usando um material mais adequado.

Frederico Morais

Segundo o representante da Hurley, este vai ser um dos problemas que atuais marcas do surf vão enfrentar, pois as mesmas nunca fizeram um produto muito específico para o surfista. Limitavam-se a fazer peças iguais como qualquer outra marca no mercado.

Os media no surf

Miguel Pedreira, jornalista e ex-surfista acredita que o surf nos Jogos Olímpicos vai trazer uma visibilidade à modalidade como nunca antes, e desde que foi anunciada a sua participação na competição, a atenção tem sido cada vez maior.

Nos últimos anos tem havido um aumento de interesse por parte dos media especializados em relação ao surf. Após ter sido anunciado como um desporto Olímpico, também os media generalistas têm dado mais atenção a modalidade.

Acrescentou ainda que o surf sendo um desporto muito individualista poderá dar e receber espírito Olímpico, algo que é necessário tanto no surf como um pouco por todo mundo. Ainda citou o fundador do surf e nadador Olímpico, Duke Kahanamoku: "Se não sabes o que é partilhar uma onda com alguém, não sabes o que é o surf".


A perspetiva dos atletas

A conferência também contou com a participação de alguns jovens surfistas portugueses. Já reconhecidos como potências do surf nacional, são eles Guilherme Ribeiro (filho de Jorge Gato Ribeiro), João Moreira (filho de Miguel Moreira) e Joaquim Chaves. Surfistas de 14, 17 e 13 anos de idade, respetivamente, falaram sobre o seu percurso, dos seus títulos, das suas vitórias e derrotas e das suas expetativas em relação a estreia do surf nos Jogos Olímpicos.

O trio de atletas encontram-se motivados e veem-se a lutar por um lugar nos Jogos Olímpicos 2020. Na sessão foi levantada a questão sobre a possibilidade da prova ser feita numa piscina de ondas. Segundo João Moreira "uma das principais qualidades de um bom surfista é a capacidade de se conseguir adaptar a todas as condições".

A acompanhar os surfistas também esteve presente a atleta olímpica de vela, Joana Pratas. Joana, que foi a primeira velejadora portuguesa a participar nos Jogos Olímpicos, partilhou com a assistência a sua experiência olímpica, assim como o seu percurso como atleta, "o desporto formou-me como pessoa".

Kelly Slater

O surf foi consumado como desporto Olímpico a 3 de agosto de 2016, durante a reunião do Comité Olímpico Internacional. Juntamente com o surf, também foi incluído o skate, karaté, escalada e beisebol/softbol. O Comité Olímpico Internacional esclareceu que esta decisão éreferente exclusivamente aos Jogos Olímpicos 2020, ou seja, não é garantido que estas modalidades continuem a fazer parte desta competição nas edições seguintes.

Os Jogos Olímpicos de 2020 decorrerão em Tóquio, Japão e ainda pouco se sabe sobre as condições em que será avaliada a modalidade de surf.

Yauri Neto
Comunicação Institucional
Notícias Lusófona

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