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Olhares e sentires sobre a pessoa e o habitat

Desenvolvimento sustentável e os territórios na Universidade Lusófona

28.02.17 - 00h00

A aula "Olhares e sentires sobre a pessoa e o habitat", que decorreu na Universidade Lusófona no dia 18 de fevereiro, foi uma atividade organizada pelo Instituto de Serviço Social e Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Tnformação (ECATI) da Universidade Lusófona. A sessão apresentou várias abordagens interdisciplinares ao tema através do conhecimento da geografia, antropologia, sociologia, serviço social e arquitetura.

"Olhar e sentir o habitat significa [ter] vários olhares e formas de sentir e, portanto, é a expressão de uma identidade compósita à qual constitui o verdadeiro sentido do habitat: um espaço adequado, de criatividade e de desenvolvimento. Um espaço à medida da pessoa." Referiu Hélia Bracons, docente de Serviço Social e moderadora do debate.

Desenvolvimento sustentável, o alojamento, os territórios e a arquitetura

Jorge Malheiros (geógrafo da Universidade de Lisboa) discursou sobre dois pilares: o alojamento e o desenvolvimento sustentável. "O habitat é mais do que a casa onde as pessoas estão, é aquilo que garante um conjunto de condições que permite uma vida de qualidade." Referiu também os problemas da cidade e a importância do Estado em intervir para que as pessoas não percam o direito à habitação. "Não estamos contra o turismo, estamos contra estes processos muito rápidos e brutos de transformar a cidade, que não calculam os direitos dos residentes e não dão direito a outros que querem viver nestes espaços."


Rita Cachado (antropóloga do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia - ISCTE) e António Brito Guterres (serviço social do Centro de Estudos sobre a Mudança Socioeconómica e o Território do ISCTE-IUL) levantam a questão do desenvolvimento territorial, principalmente em bairros. Rita Cachado contou um episódio quando estava a tirar o seu doutoramento: "Estava na Quinta da Vitória e vi crescer um bairro na zona de Lisboa. Fez-se um protocolo para realojar 90% das pessoas da Quinta da Vitória nesse bairro e foi o maior episódio até hoje na Quinta da Vitória. É preciso não esquecer a cidadania e as boas práticas."

António Brito Guterres falou de Talito, uma localidade no Senegal parecida a Cascais e Oeiras mas onde as pessoas têm medo de passar devido ao seu aspeto. "Duas condições essenciais para o desenvolvimento sustentável é a participação do público e a sua presença no processo de urbanização."

Manuela Mendes (socióloga da FAUL e ISCTE-IUL CIES-IUL) levantou duas grandes questões: a relação entre as ciências sociais e a arquitetura. "Habitar é um traço fundamental do ser e é algo que não podemos dissociar do seu dia a dia." E os alojamentos e equipamentos humanos "devem ser um elemento autónomo e uma componente determinada."

Como soluções finais, debateu-se a ideia de realojar as pessoas de um bairro em várias zonas em vez de realojar toda a população desse bairro no mesmo local.

Beatriz Costa
Comunicação Institucional
Notícias Lusófona

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