Sons que somos

Resumo
Ao estudar o ruído e conforto sonoro no meio habitado, um espaço material revelado pela luz, três modalidades sensitivas entram em jogo quando no início era só uma que provocava incómodo, o som. Mas, pensar o som como sinal físico entre corpos físicos visíveis não ajuda a compreender essa complexidade. A topologia sensível como novo paradigma resolve essas dificuldades de compreensão da interação do habitante e o seu meio habitado desde que deixamos de nos centrar sobre a qualificação dos sons emitidos - agradáveis ou desagradáveis - e nos focalizamos nos sons enquanto reveladores de modos de ser. Nesta conferência falaremos dos sons que somos.

Orador
Mohammed Boubezari
Arquiteto e Urbanista, Docente Investigador na Universidade Lusófona de Lisboa, desde 2019. Doutorado em arquitetura, Universidade de Nantes, opção em Ambiências arquitetónicas e urbanas em 2001. Estudou a questão do conforto sonoro em ambientes habitados, cuja tese foi publicada. Depositou uma patente a partir da qual passou vários anos no I.S.Técnico (2002-2012) a desenvolver um método descritivo e depois preditivo de representação da paisagem sonora. Investigador Responsável de projeto “eyeHear | Qualitative sound maps for visualization of the urban soundscapes" financiado pela FCT (2008-2012) Paralelamente, na Parque EXPO (2007-2017), coordenou o estudo do Plano de Argel (Plano Estratégico de Argel) até à sua aprovação e assessorou a sua implementação e lançamento do estudo da frente marítima de Argel. Também dirigiu o projeto de preparação das Operações de Reabilitação da Medina de Meknes, em Marrocos, para o B.E.I. (Banco Europeu de Investimento). Na França, colaborou em vários projetos de investigação, em particular sobre a sociabilidade mediada no início das práticas da Internet (1999-2001).