No futebol como na vida: errar é humano

Quando se fala de formação de futebolistas a aposta tem de passar pela segurança emocionale por fazer com que os pequenos atletas compreendam que errar acontece e faz parte do jogo. Conselhos de Fernando Pinto e João Gião, que estiveram na Lusófona, a 18 de abril, para partilharem as suas experiências na coordenação da formação no Benfica no congresso sobre "Direção Técnica de Escolas de Futebol". Uma iniciativa do Instituto Lusófono de Treino Desportivo Teotónio Lima.

Ensinar a perceber o jogo, entender o seu equilíbrio, formar jogadores, mas também adeptos mais educados, são outras das preocupações. Sem esquecer a necessidade de supervisão na formação e avaliação pedagógica dos técnicos.

Para Fernando Pinto, coordenador executivo da Escola de Futebol do Sport Lisboa e Benfica,"os valores mais importantes a passar nas escolas de futebol são o ser verdadeiro e entregar- se ao gosto pela prática".

Professores, treinadores, mas também educadores

Na abertura do congresso, Jorge Proença, diretor da Faculdade de Desporto e Educação Física da Universidade Lusófona, lembrou que quando o assunto são escolas de futebol, antes de se falar do desporto, tem de se valorizar a questão da educação. Todos os professores e treinadores têm que ser, acima de tudo, educadores.

Quem ensina tem, por isso, a grande responsabilidade de passar também valores. Esta é uma missão que se faz a todo momento, formal e informalmente, que passa por coisas tão simples como a forma de falar, estar e ser.

Uma vez que a tendência natural é ser melhor em atividades que dão prazer, para Jorge Proença o maior êxito de um educador é conseguir fazer uma criança gostar de algo que no início não apreciava. Isso significa que ao aprender conseguiu chegar ao sucesso. Ao longo desse percurso, sublinhou ainda, não se podem descurar dificuldades nem necessidades individuais.

Anna Escobar
Notícias Lusófona