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A língua portuguesa em defesa da diversidade

Durante dois dias foram debatidas na Universidade Lusófona a língua e a cultura portuguesas.

29.11.16 - 00h00

No âmbito da comemoração dos 20 anos da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), o congresso Língua e Cultura Portuguesas: Memória, Inovação e Diversidade, organizado pelo Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento (CEIED), unidade de Investigação e Desenvolvimento constituída na ULHT, decorreu nos dias 18 e 19 de Novembro sob dois eixos temáticos: Didática do Ensino do Português e Língua Portuguesa, Cultura e Comunicação.

Durante dois dias debateu-se a língua e a cultura portuguesas, assim como a importância das mesmas, com a presença e a intervenção de importantes nomes na área.

Na sessão de abertura, que teve lugar no Auditório Agostinho da Silva, pudemos assistir à oração do Reitor da ULHT Mário Moutinho, em que a tónica foi a defesa da língua portuguesa falada por 250 milhões de pessoas - no contexto da internacionalização e em objeção ao uso quase exclusivo do inglês.


Ouvimos também o Secretário Executivo da CPLP Isacc Murargi, que felicitou a eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU e a referiu também como um contributo para a expansão da língua portuguesa na arena internacional. Referiu que "Esta iniciativa de promoção da língua portuguesa nas suas dimensões de identidade, cultura e transmissão e partilha de conhecimentos académico e científicos reafirma o papel fulcral que as instituições de ensino superior podem assumir na construção desta nossa comunidade." Afirmou ainda que deste congresso sairiam contributos que beneficiariam a reflexão em curso sobre as perspetivas do futuro da CPLP, cujo pilar fundamental é o português.

Como pudemos entender pelas palavras do embaixador, o uso da língua portuguesa em âmbito escolar é uma das mais importantes estratégias de promoção e internacionalização da mesma, e foi nomeadamente esse um dos focos temáticos do congresso. Foi também sublinhado o passo em frente, no que toca à comunicação, que o acordo ortográfico representa, já que facilita a compreensão entre povos.

Ao longo desta iniciativa de promoção da língua portuguesa, que ficou marcada pelo afeto e devoção dos intervenientes àquela que é a quarta língua mais usada no que toca à comunicação e cultura, foram várias as apresentações de projetos e iniciativas, por parte de diversas organizações e estabelecimentos de ensino afetos à causa, como é o caso do IILP (Instituto Internacional da Língua Portuguesa) que, à margem do congresso, anunciou vários projetos, nomeadamente a proposta do "plano de leitura da CPLP" que deverá ficar concluído no primeiro trimestre de 2017. A revista Platô, jornal internacional semestral produzido pelo instituto e o PPPLE, plataforma que tem como objetivo oferecer à comunidade de professores e outros interessados, recursos para o ensino e a aprendizagem do português como língua estrangeira, foram dois outros projetos apresentados. As várias intervenções foram seguidas de debates dedicados à aproximação dos povos à língua e à cultura portuguesas.


O congresso foi complementado com sessões de comunicação livres, a apresentação de posters científicos e ainda com dois momentos de expressão dramática, um deles "A Relíquia", de Eça de Queirós, interpretado por Lisete Almeida e pelos alunos da Escola de Comércio em Lisboa e o outro "À Volta", de Gil Vicente, interpretado pelo grupo de teatro AUÉÉÉU.

Esta jornada terminou com uma visita guiada à Casa Museu Fernando Pessoa, um dos maiores nomes da literatura portuguesa.

Inês Palma
Comunicação Institucional
Noticias Lusófona

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