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Segredos do autorretrato

Artistas que se cortam, queimam, pintam os seus corpos. Tudo para representarem a dor do outro.

26.08.16 - 00h00

Autorrepresentações marginais da contemporaneidade foi o tema escolhido para debate a 9 de junho, integrante do VI Ciclo de Conferências Internacionais organizado pela Escola de Comunicação, Arquitetura, Artes e Tecnologias da Informação (ECATI) em parceria com o Museu Berardo.

A oradora foi Lorena Amorós Blasco, professora e investigadora na Universidade de Múrcia. A académica espanhola explicou que as autorrepresentações são feitas por textos, peças de teatros, concertos, performances, fotografia, pintura e outros meios artísticos. Lorena Amorós Blasco apontou o autorretrato como o tipo de obra de caráter mais introspetivo. O artista usa o seu corpo para representar a mensagem que quer passar, tal como a descontração do rosto nas fotografias de Gina Pane, na obra "Action Psyche", o demonstram.

O caráter traumático do contemporâneo aumenta na autorrepresentação, criando uma vontade de autodestruição. Segundo a investigadora, há artistas que se cortam, queimam, pintam e fazem outras intervenções nos seus corpos, para representarem a dor do outro através da sua dor.


Autodestruição como intervenção

É sobre a vontade de autodestruição nas intervenções artísticas que Lorena Amorós Blasco tem investigado. "A experiência limite pode ser um dispositivo ativo e gerador de conhecimento, vinculado à procura de identidade e de auto-reafirmação do sujeito", afirma. É uma investigação que conta quatro anos e sem data de finalização. Um trabalho ligado à prática artística e à teoria estética, que se centra em mostrar outras vias de reflexão na ligação existente entre autorrepresentação e autodestruição na contemporaneidade.

Anna Escobar
Noticias Lusófona

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