Disciplina Concavo-Convexo: Dilemas e Subjectividades

  • Apresentação

    Apresentação

    Nesta UC optativa, partimos do princípio de que nenhuma afirmação do senso comum tem validade absoluta, isto é, que expressões vulgares podem e têm o seu reverso, o seu dilema essencial. Mas também assumimos o seu contrário: alguns dados do senso comum parece ter validade sapiencial. Onde se encontra a chave desta aparente distopia?

    Na análise epistémica da sabedoria popular (mitos, provérbios, lendas, tabus) e na sua tradução em eventos, artesanato, folclore, trajes, etc., encontramos um amplo campo de confirmação destas «subjectividades». A sua manifestação na denominada «arte popular» tem provocado, em todos os tempos, mensagens contraditórias, altamente imaginativas, diversamente criativas, onde inclusivamente pode ser negado aquilo que é óbvio: o concavo do convexo.

    O desafio colocado aos artistas do visual é, nesta UC, paralelizar ou dicotomizar no fenómeno folclórico a sua mensagem moral (ou viceversa), confirmando como, no senso comum, toda a base de dados é ambivalente

  • Conteúdos Programáticos

    Conteúdos Programáticos

    1. Sabedoria popular ou «perpetuação de conhecimento inverificado»: o que é?

    A base epistémica do conhecimento humano. Enquadramento teórico da herança (familiar, geográfica, gastronómica, política, religiosa, musical, etc) enquanto referencial antropológico da Cultura Visual.

     

    2. Tradições, mitos, lendas, tabus, crendices, motes, provérbios: o que são?

    Relações e interferências dos sistemas culturais no processo visual de identificação e entendimento do mundo e da realidade.

    Identificação e análise de casos de estudo na área da Cultura Visual Antropológica: das mentalidades às manualidades.

    O visual tradicional: disformidade e beleza, perversidade e ingenuidade, dogmatismo e relativismo. Os pares disruptivos do real na cultura popular

     

    3. Cultura tradicional e seus dilemas: o contraditório popular.

    Análise de subjectividades na sabedoria popular (portuguesa e/ou outra)

     

    4. Aplicação na arte popular: como se expressam?

    Investigação e apresentação de casos práticos em Artes Visuais pelos alunos 

  • Objetivos

    Objetivos

    São objectivos de aprendizagem:

    1: conhecer e compreender as seguintes palavras-chave: senso comum; senso específico; conhecimento vulgar; conhecimento específico; epistemologia dos saberes; revisibilidade do conhecimento; relatividade do conhecimento; tradição; mimetismo; arte popular; sabedoria popular; ambivalência; ambiguidade; dogmatismo; cepticismo; ecletismo.

    2: reconhecer a fenomenologia da arte popular ou artesania;

    3: estar apto a «contar a história» (fenomenologia do processo criativo tradicional), igualmente na sua valorização moral e imoral;

    4: estar apto a emitir juízos de valor amplos, enquadrados nas ciências sociais e humanas (mormente a antropologia, a sociologia, a ética) e epistémicamente saudáveis sobre a produção artística popular.

  • Metodologias de ensino e avaliação

    Metodologias de ensino e avaliação

    Em cada sessão é leccionado um tema do programa, apresentando-se uma grelha de conceitos referencial, maioritariamente vindos da Cultura Visual, Teoria da Cultura, Antropologia, Filosofia ou Psicologia. De igual modo, em cada sessão é debatido um caso prático com os alunos mediante grelha estética (ou de Teoria da Arte) afim.

    A Avaliação pressupõe dois elementos:

    1) participação contínua e activa do Aluno em sala (40%)

    2) exposição individual de um estudo de caso (60%) perante a Docente e colegas, com duração de uma hora lectiva (e sujeito a diálogo amplo entre todos).

    Este estudo de caso nasce da investigação pessoal do Aluno e dos seus próprios interesses (ou desinteresses críticos) na Cultura Popular, Folclore e outras artesanías.

  • Bibliografia principal

    Bibliografia principal

    LIMA. Pires de, F. (1968). Arte Popular em Portugal: Ilhas adjacentes e Ultramar. Volume I. Lisboa: Editorial Verbo.

    MORRIS, W. (2003). Artes Menores. Lisboa: Antígona.

    RESTIVO, M.M. (2020). A emergência da autoria na arte popular portuguesa.Universidade do Porto, Faculdade de Letras/DCTP

    ROUSSEAU, V. (2012). Vers une définition de l¿art populaire: l¿institution problématique d¿une notion polysémyque. L¿axe France-Canada dans une perspective européene et nord-americaine. Montréal: Université du Québec. Tese de Doutoramento.

    SHELTON, A. A. (2015). Heaven, hell and somewhere in between. Portuguese popular art. Vancouver: MOA/University of British Columbia.

    SPENCE, Jo Spence (1995). Cultural Sniping / The art of transgression. Londres e Nova Iorque: Routledge

  • Horário de Atendimento

    Horário de Atendimento

    MARIA JOÃO SILVEIRA

    ESPAÇO DOCENTE, edifício L  /    todas as QUARTA-FEIRAS, 10-11H

    sempre que necessário ou conveniente: email institucional da docente

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