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Apresentação
Apresentação
As sociedades estão marcadas pela convergência da cultura e da técnica. A experiência do mundo está a ser substituída, complementada e articulada pelas tecnologias dos media, ao mesmo tempo que surgem novos domínios inteiramente mediados. Este fenómeno inicia-se no séc. XIX, com a invenção da fotografia, do gramofone, do cinema bem como de outras tecnologias de registo e transmissão posteriores. Novo é a possibilidade de pensar as implicações que os media viram introduzir nas sociedades em cada período histórico. Esta unidade curricular visa traçar uma arqueologia aos media que possibilite a compreensão do impacto de cada meio no seu contexto epocal, mas também contribuir para entender como esse impacto perdura no presente.
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Disciplina do curso
Disciplina do curso
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Grau | Semestres | ECTS
Grau | Semestres | ECTS
Licenciado | Semestral | 5
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Ano | Natureza | Lingua
Ano | Natureza | Lingua
2 | Obrigatório | Português
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Código
Código
ULHT24-1421
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Pré-requisitos e co-requisitos
Pré-requisitos e co-requisitos
Não aplicável
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Estágio Profissional
Estágio Profissional
Não
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Conteúdos Programáticos
Conteúdos Programáticos
1. DETERMINAÇÃO GENEALÓGICA DO CONCEITO DE «MEIO»:
Sentido e objecto de uma ‘teoria dos media’.
Os dispositivos técnicos e a sua discursividade: da antiguidade ao presente. (Foucault, Leroi-Gourhan, Flusser, Simondon)
2. MEDIA, DISCURSO, REALIDADE:
Media e poder (Foucault , Agamben);
Formações discursivas dos media: a cibernética e teoria geral dos sistemas (Wiener); media e remediação (Bolter and Grusin).
3. CRÍTICA MARXISTA DOS MEDIA:
Walter Benjamin: media e arte;
Günther Anders: mundo em imagens
.4. A ESCOLA CANADIANA DOS MEDIA:
Harold A. Innis: tempo e espaço;
Marshall McLuhan: as extensões do corpo.
5. TEORIA DOS MEIOS NA ATUALIDADE:
Niklas Luhmann: forma e meio,
Paul Virilio: excesso e velocidade;
Friedrich A. Kittler: o pós-humano;
Peter Sloterdijk: «actio in distans».
Materialidades dos media: uma arqueologia (Durhan Peters e Parika)
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Objetivos
Objetivos
a) distinguir meio (media) e tecnologia;
b) descrever experiência enquanto mediada tecnicamente;
c) aplicar os conhecimentos de forma argumentativa e crítica à situação actual;
d) identificar os principais paradigmas no pensamento da mediação;
e) produzir um juízo crítico sobre os media em contexto criativo;
f) reconhecer as figurações dos media sobre a cultura;
g) conhecer a genealogia dos meios e como uma teoria dos media é possível;
h) reconhecer a ‘realidade dos media’;
i) identificar as diferenças e antíteses entre as diferentes posições teóricas;
j) posicionar-se criticamente sobre a história dos media;
k) conhecer as relações entre media e sociedade;
l) determinar o impacto dos media nas artes e na estética;
m) saber identificar as estratégias políticas possibilitadas pelos media;
n) identificar linhas de investigação nos estudos dos media.
o) saber capaz de construir um discurso argumentativo sistemático sobre as relações entre cultura, arte, media e realidade.
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Metodologias de ensino e avaliação
Metodologias de ensino e avaliação
Aulas expositivas de frequência obrigatória. Só serão admitidos a avaliação contínua os alunos que tenham frequentado 75% das sessões.
A avaliação está dividida em 4 momentos: (1) assiduidade e participação; (2) elaboração de ensaio até 2000 palavras a um título da bibliografia grupos de 3-4 (indicar livro e constituição do grupo na sessão 2), (3) que será discutido publicamente em data a combinar, e (4) teste escrito à totalidade da matéria. Ponderação da avaliação: assiduidade: 10%; trabalho de grupo escrito (30%) e apresentação oral (20%), com distinção de contributos individuais; Teste: 40%.
Época de Exames:
A época de recurso consiste num exame escrito com ponderação de 100% na nota final, que incidirá sobre a totalidade dos conteúdos teóricos. Como nota final, o/a estudante deverá obter a classificação mínima de 10 valores.
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Bibliografia principal
Bibliografia principal
Benjamin, W. ([1934] 1992). O Autor como Produtor in Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política. Relógio d'Água. ART/529-BC
Benjamin, W. ([1934] 1992). A Obra de Arte na época da sua possibilidade de Reprodução técnica in Sobre Arte, Técnica, Linguagem e Política. Relógio d'Água. ART/529-BC
Durham-Peters, J. (2015)The Marvelous Clouds: Toward a Philosophy of Elemental Media. Chicago: UCP
Foucault, M. 1966. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Lisboa: Portugália. (conta: L/103-BC)
Innis, H. The Bias of Communication. Toronto: Toronto University Press, 2006. CO/705-BC
McLuhan, M. Understanding Media. London/New York: Routledge, 2001. CO/117-BC
Kittler, F. Gramophone, Film, Typewriter. Stanford: Stanford University Press, 1999. AV/636-BC
Parikka, J. (2012). What is Media Archaeology? Cambridge: Polity Press.
Simondon, G. (2015 [1958]) On the mode of existence of technical objects. London: Univocal.
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Horário de Atendimento
Horário de Atendimento
O atendimento aos alunos é feito no fim de cada sessão - questões particulares mediante marcação.
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Mobilidade
Mobilidade
Não