Disciplina Criminologia Clínica

Esta UC proporciona aos alunos as ferramentas necessárias para identificar e intervir em situações que possam fomentar comportamentos criminais ou surgir após a prática delitual. A Criminologia Clínica atua na avaliação e intervenção em contextos de criminalidade, abordando tanto os aspectos individuais quanto coletivos dos comportamentos criminais. Os profissionais formados nesta unidade curricular poderão atuar em gabinetes de consulta, prisões, centros de reabilitação e outras instituições que lidam com a criminalidade e a reintegração social de delinquentes. Os domínios principais de intervenção incluem a análise da personalidade, a avaliação de perigosidade, a saúde mental dos criminosos e a implementação de estratégias de intervenção clínica. Ao integrar conhecimentos teóricos e práticos esta UC prepara os  alunos para atuar em diferentes contextos ao fornecer uma base teórico-empírica sólida para a compreensão e a intervenção no campo da criminologia clínica.

Descrição dos conteúdos

1. Construção da Criminologia Clínica 
   1. Noção e objeto
   2. Raízes e contributos para a sua emergência
   3. Do explicar e do compreender, do normal e do patológico, do nomotético ao ideográfico
      1. Integração concetual
      2. Políticas e práticas
2. Comportamento, cognição e cognição social
   1. Conceitos e operacionalização
3. Personalidade e emoções
   1. Conceitos e operacionalização
4. Saúde mental e crime
5. Criminologia positiva
6. Perigosidade e personalidade criminal
   1. Principais abordagens
   2. Evolução do conceito de personalidade
7. O método clínico
   1. Conceitos e práticas
   2. Abordagem psicocriminal do sujeito
   3. Técnicas e instrumentos

As aulas adotarão inicialmente o método expositivo, com recurso ao audiovisual, sempre que tal se justificar. A partir da terceira semana de aulas, serão os formandos convidados a apresentar, por escrito, recensões críticas de artigos previamente selecionados. Realizar-se-ão exercícios de rolle-play e analisarse-ão casos reais.

• Debuyst, Ch. (2018). Perspetivas de Criminologia Clínica. Belo Horizonte: D’Plácido

• Lieblin, A., Maruna, Sh. and McAra, L. (Eds). (2017). The Oxford Handbook of Criminology. 6th Ed. UK: OxfordUniversity Press

• Hector, J. and Khey, D. (2018). Criminal Justice and Mental Health. USA: Springer 

• Manita, C. (2001). O conceito de perigosidade: implicações para o diálogo interdisciplinar entre psicologia e direitopenal. C. Poiares (Ed.), Da justiça à Psicologia. Sub Judice, 22/23, 37-48

• Poiares, C. (2016). Revolução industrial. In R. Maia, et al.(Coords.) Dicionário Crime, Justiça e Sociedade. Lisboa: Sílabo,429-431

• Peay, J. (2011). Mental Health and Crime. NY: Routledge 

• Prins, H. (2016). Offenders, Deviants or Patients? An Introduction to Clinical Criminology. 5th Ed. UK: Routledge 

• Ronel, N. and Segev, D. (2015). Positive Criminology. NY: Routledge

• Washbrook, R. (2010). A Short Introduction to Clinical Criminology. USA: Janus Publishing Co