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Disciplina Psicologia Criminal e Severidade Punitiva

  • Apresentação

    Apresentação

    Esta uc pretende familiarizar os estudantes com o conhecimento psicocriminal e a literatura específica de Psicologia Criminal, interligando com a Criminologia. Concomitantemente, ministra conhecimentos sobre os grandes constructos da Psicologia operativa no campo da criminalidade, seus dispositivos de controlo, e sobre a severidade punitiva.

  • Conteúdos Programáticos

    Conteúdos Programáticos

    Enquadramento histórico-epistemológico.

    Concetualização, objeto e métodos.

    Relação da Psicologia Criminal com o Direito Penal e a Criminologia.

    Aceção psicológica do crime.

    A função descodificadora das condutas transgressivas que compete à Psicologia Criminal.

    Profiling Criminal: noção; operacionalização; aplicações práticas. Criminalidade e abordagem psicológica: personagens da penalidade. Psicologia Criminal e visão radioscópica do sujeito. Crime e exclusão: dois sentidos?

    Autópsia psicológica: noção, enquadramento legal e método.

    Abordagem psicológica da Criminalidade.

    Atribuições conjuntas de criminólogos e psicólogos criminais em contexto judiciário: complementaridade.

    Severidade punitiva: noção, objeto e alcance. Articulação com a psicologização das decisões.

    Avaliação da severidade: instrumentos e método de trabalho. Aplicação de instrumentos: populações adulta e jovem.

    Severidade e estratificação social; género. As vantagens de medir as penas.

    Casos práticos.

  • Objetivos

    Objetivos

    Esta UC visa fornecer informação sobre o saber psicológico aplicável ao fenómeno criminal, destacando aqueles que o protagonizam, seus comportamentos e cenários onde acontecem; constituindo a Psicologia Criminal uma grelha de leitura dos comportamentos delinquenciais, torna-se necessário que os alunos de Criminologia tenham formação nesta área, apreendendo conceitos e compreendendo quando é imprescindível a cooperação com psicólogos criminais. A questão da severidade punitiva enquadra-se, aliás, no contexto psicocriminal, emergindo também do pensamento penológico e permitindo aos alunos conhecer aprofundadamente a sua dimensão. Quando o populismo vai poluindo a opinião pública sobre a racionalidade penal, à ciência cabe fornecer respostas objetivas e cientificamente suportadas.

  • Metodologias de ensino e avaliação

    Metodologias de ensino e avaliação

    Será conciliado o método expositivo, preferencialmente nas aulas teóricas, com a apresentação de casos reais nas aulas práticas, concitando os alunos ao debate. Utilizando protocolos já em vigor e acordos informais, serão realizadas visitas de estudo quer às varas criminais (fruto de protocolo com o Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa), quer a centros educativos e comissões de proteção de crianças e jovens, com os quais existem duas décadas de colaboração, bem como com a Ordem dos Advogados, com o Centro de Estudos Judiciários e com sociedades de advogados, com quem a UL mantém protocolos de cooperação. A avaliação reparte-se pelo trabalho desenvolvido, sendo obrigatória a participação em três iniciativas promovidas ou apoiadas pelo curso, com elaboração de relatório de cada atividade (50%) e pela realização de uma frequência (50%).

  • Bibliografia principal

    Bibliografia principal

    Almeida, F. (Coord.) Et Al. (2012). Profiling, Vitimologia e Ciências Forenses Lisboa: Pactor.

    Durrant, R. (2013). An Introduction to Criminal Psychology. NY: Routledge.

    Hollin, C. (2013). Psychology and Crime: An Introduction to Criminological Psychology. NY: Routledge.

    Pinheiro, M. F. (Coord.) (2013). Ciências Forenses ao Serviço da Justiça Lisboa: Pactor.

    Poiares, C. A. & Echauri, J. A. (2022). Violência e Justiça no século XXI: Desafios da Psicologia Forense . Apuro Cultural.

    poiares, C. A. & Branco, F. (2021). Seeridade penalizadora: a construção de um instrumentos de medida. Sombra e luzes -Revista da Direção-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, 5, 139-162.

    Sani, A., & Nunes, L. (Coord.) (2014) Crime, Justiça e Sociedade: Desafios emergentes e propostas multidisciplinares. Porto: CRIAP.

     

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