Disciplina Introdução à Teoria e História da Arquitetura I

A UC de IHTA tem como objectivo fundamental, tal como seu nome indica, introduzir os alumni que ingressam no 1º Ciclo de Estudos em Arquitetura na Área Científica de História, Teoria e Crítica de Arquitetura. Entende-se como um preâmbulo que enceta conteúdos informativos, formativos e críticos que serão posteriormente aprofundados nas UC's da mesma área. Em paralelo, visa educar e sensibilizar os alumni para o estabelecimento de articulações, no campo teórico, com alguns conteúdos práticos que são experimentados nas disciplinas do mesmo semestre, i.e., Projeto de Arquitetura I, Desenho Arquitetónico e Geometria Aplicada à Arquitetura, entre outras, nas suas vertentes teóricas, com base assente, maioritariamente, na cultura das Artes Visuais, na Filosofia, e na epistemologia da representação, em geral (método gestáltico e método fenomenológico).

A presente UC de IHTA I apresenta, a nível histórico (método diacrónico), uma cronologia da Arquitetura e do Urbanismo desde a Pré-história até à ao Início da Idade Contemporânea (1789): Idade dos Metais, Antiguidade Clássica; Idade Média e Idade Moderna, i.e.,

1. A Pré-História e as primeiras civilizações (Suméria e Egipto)

2. A Arquitetura Minóica e Micénica, a Arquitetura Grega Clássica e Helénica.

3. A Arquitetura Romana

4. A Arquitetura medieval: Românico e Gótico

5. A Arquitetura do Renascimento.

6. Maneirismo e Barroco

Compreende, a nível supra-histórico (método sincrónico), a formação de conceitos teóricos, através de uma breve introdução à Tratadística da Arquitetura (Vitrúvio e Alberti), noções de função utilitária (Uso) vs função simbólica (Representação), arquétipos, tipos, protótipos, e alguns paradigmas conceptuais básicos em Arquitetura,  i.e.,

1. Massa (Mito da Caverna - Platão)

2. Estrutura (Mito da Cabana - Laugier e Heidegger)

3. Pele (Mito da Tenda - Quatremère de Quincy) 

Para além da metodologia tradicional de aulas teóricas que visam a informação de axiologias históricas de base e a formação de conceitos, os alunos são levados ao trabalho de pesquisa, individual e em grupo, com base na apresentação dos conteúdos estudados através dos seus próprios textos, oralização e desenhos.

O fomento da apresentação em sala de aula, dos desenhos, esquemas e organogramas elaborados com base na matéria estudada estimula o debate presencial entre alunos e permite aprofundar questões e problemáticas que o método explanatório pouco suscita, e em três etapas:

1. Nível informativo (o aluno demonstra ter conhecimento da matéria estudada)

2. Nível crítico (o alumno demonstra ser capaz de formular uma reflexão pessoal sobre a matéria assimilada)

3. Uma "introdução" ao nível operativo projectual (o aluno demonstra ser capaz de representar a sua reflexão crítica através da representação visual ou tridimensional (maquetes de estudo).

BENÉVOLO, Leonardo, ALBRECHT, Benno (2002), As Origens da Arquitectura, Edições 70.

KOSTOV, Spiro (1995), The History of Architecture - Settings & Rituals, Oxford University Press.

MEISS, Pierre Von (1986) De la Forme au Lieu + de la Tectonique:  Une Introduction à l’Étude de l’Architecture, PPUR

NORBERG-SCHULZ, Christian (2004), Arquitectura Occidental, GG.

RODRIGUES, Maria João Madeira (2002), O que é Arquitectura, Quimera. 

ZEVI, Bruno (1989), Saber Ver a Arquitectura, Martins Fontes.