Masterclass “O Jovem Xamã” com Dulmaa Purev-Ochir na ULusófona

No dia 4 de dezembro, a Sala Fernando Lopes do campus da Universidade Lusófona – Centro Universitário Lisboa foi palco de uma sessão especial que uniu arte e reflexão. A exibição do filme "O Jovem Xamã", primeira longa-metragem da realizadora mongol e alumni da Universidade Lusófona, Dulmaa Purev-Ochir, contou com a presença da cineasta para uma sessão de perguntas e respostas, proporcionando aos participantes uma experiência enriquecedora e única.

Destinado exclusivamente a estudantes e professores da Universidade Lusófona, o evento começou às 10h00 com a projeção do filme. Durante 1h40, a audiência foi transportada para a Mongólia através da história de Ze, um jovem de 17 anos dividido entre os seus estudos, responsabilidades familiares e a peculiar função de xamã da sua comunidade. O filme aborda temas universais como identidade, responsabilidade e a descoberta de novas emoções e desafios, proporcionando uma reflexão sobre o equilíbrio entre tradição e modernidade.

“O Jovem Xamã” estreou nas salas de cinema em Portugal a 14 de novembro 2024. Antes disso, o filme já foi exibido e premiado em diversos festivais de cinema internacionais, destacando-se no Venice International Film Festival Orizzonti 2023, onde recebeu o Orizzonti Award for Best Actor para o ator Tergel Bold-Erdene. Além disso, foi premiado no Pingyao International Film Festival Crouching Tigers 2023, com o Best Director Award, e no Osaka Asian International Film Festival 2024, onde conquistou o prémio de Best Film.

Após a exibição, Dulmaa Purev-Ochir respondeu a questões do público, partilhando detalhes sobre o processo de criação do filme, desde a construção das personagens até a escolha do jovem ator mongol, Tergel Bold-Erdene, que também recebeu destaque no Festival Internacional de Veneza na secção Orizzonti. A realizadora ainda abordou as inspirações culturais presentes no enredo e a forma como o filme dialoga com temas contemporâneos.

A masterclass destacou ainda o percurso notável de Dulmaa Purev-Ochir, uma cineasta que combina uma sólida formação académica com um olhar sensível para histórias humanas. Para além de ser docente de Guionismo na Universidade Lusófona, Dulmaa é também uma estudante do doutoramento em Artes dos Media e prepara novos projetos cinematográficos.

Dulmaa Purev-Ochir, nascida na Mongólia em 1989, tem se destacado na cena internacional. A sua curta-metragem "Mountain Cat" fez parte da Seleção Oficial de Cannes 2020 e, mais recentemente, a sua curta-metragem "Snow in September" ganhou o Leão de Ouro (Orizzonti) no Festival de Veneza, além de ter sido premiada como Melhor Curta-Metragem no Festival Internacional de Cinema de Toronto.

Atualmente, Dulmaa Purev-Ochir é docente de Guionismo na Universidade Lusófona e estudante de doutoramento em Artes dos Media e Comunicação, ao mesmo tempo que está a finalizar uma nova curta-metragem e a desenvolver novas pesquisas para futuros projetos cinematográficos.

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Texto
Filipa Cavém