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Apresentação
Apresentação
Tendo em conta o modo como as ligações tecnológicas do paradigma digital constituem a principal infra-estrutura de possibilidade da experiência, procura-se traçar a genealogia conceptual e histórica desse quadro, problematizando a noção de ligação, tanto de um ponto de vista material como cultural, e estendendo esse debate através daquilo que tem vindo a ser tematizado como uma nova ecologia na qual a própria noção de social antropomórfico entra em crise e surge uma nova ontologia horizontal que compreende actantes humanos e não humanos.
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Disciplina do curso
Disciplina do curso
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Grau | Semestres | ECTS
Grau | Semestres | ECTS
Doutor | Semestral | 7.5
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Ano | Natureza | Lingua
Ano | Natureza | Lingua
1 | Obrigatório | Português
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Código
Código
ULP1963-22471
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Pré-requisitos e co-requisitos
Pré-requisitos e co-requisitos
Não aplicável
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Estágio Profissional
Estágio Profissional
Não
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Conteúdos Programáticos
Conteúdos Programáticos
1. Epistemologias reticulares:
1.1 - A constelação como modelo
1.2 – Tipologias e materialidades reticulares: grelhas, mapas e bibliotecas
2. Genealogia das ligações tecnológicas
2.1 – Da bomba atómica à nuvem electrónica
2.3 – Post-internet e media elementais/atmosféricos
3. O digital como arquitectura total
3.1 - Computação ubíqua e planetária, big data, internet das coisas
3.2 - A comunicação para além da semântica: o protocolo e a codificação radical da experiência
4. Ligações e assemblagem
4.1 – Actantes humanos e não humanos, ontologias horizontais e a “democracia das coisas”
4.2 – Matérias vibrantes: para além da apreensão humana
4.3 – Agência política e tecnológica na era do antropoceno
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Objetivos
Objetivos
Os estudantes deverão ser capazes de problematizar a ideia de ligação, enquanto conceito e enquanto estrutura material, num contexto alargado e genealógico que a compreenda desde o aparecimento das tecnologias da distância no final do século XIX até ao presente das tecnologias digitais. Do telégrafo ao digital, importa nesse percurso identificar e discutir diferentes estádios da ideia de planeterização. Esse percurso, apoiado em textos teóricos e em estudos de caso, servirá de apoio para uma discussão mais pormenorizada do impacto, na experiência contemporânea, das ligações através da sua forma digital. Esta mais recente configuração do tema das ligações aponta para novas formas técnicas e culturais, desde a ideia da computação ubíqua como arquitectura total, até novas vitalidades e inteligências que são projectadas nos objectos técnicos e que recuperam ancestrais perspectivas animistas.
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Metodologias de ensino e avaliação
Metodologias de ensino e avaliação
Recurso a relatórios de organizações internacionais, nomeadamente do Internation Panel for Climate Change, enquanto casos de estudo a serem trabalhados pelos estudantes em articulação com as problematizações teóricas.
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Bibliografia principal
Bibliografia principal
Bennett, J. (2010) Vibrant Matter: a Political Ecology of Things. Duke University Press
Bogalheiro, M. (2018). "O fim da natureza: paradoxos e incertezas na era do Antropoceno e do Geo-construtivismo." Em Revista de Comunicação e Linguagens - Cidades do Futuro, nº 48. Lisboa: ICNOVA
Borges, Eli; Di Felice, M. (2018). “The Post-Virtual Reality: From the Interactive Experience to the Connective Experience”. Em Lecture Notes of the Institute of Computer Sciences, Social Informatics and Telecommunications Engineering. Suíça: Springer International Publishing
Bratton, B. (2015) The Stack – On Software and Sovereignty. Cambridge (Mass.): The MIT Press
Di Felice, M.; Franco, T. C. (2018). “Connective Ecologies: Digital Animism, Computerized Ecology, and Matter in a Network. Em Palabra Clave, v. 21
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Horário de Atendimento
Horário de Atendimento
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Mobilidade
Mobilidade
Não