Disciplina Droga e Comportamentos Aditivos

Esta uc visa convocar os estudantes para as situações, comportamentos e circunstâncias de risco derivados do consumo de substâncias ilícitas (vulgo drogas). Além do quadro concetual inerente aos comportamentos aditivos, serão fornecidos elementos sobre a gestão do fenémeno da toxicodependência ao longo dos tempos, em especial desde o início do século XX, mas com particular acuidade no que tange à fase da descriminalização construtiva . Mais do que a trajetória evolutiva, interessa chamar a atenção para as racionalidades inerentes. Abordar-se-ão outros regimes de dependência, como a afetiva, a alcoólica, a da internet e a do jogo compulsivo.

Cumulativamente, haverá que formar os alunos no domínio da prevenção, área em que muitos exercerão a atividade p

Desnecessário enfatizar a relevância destas matérias no ensino e aprendizagem da Criminologia, tanto mais que os futuros criminólogos vão intervir em campos onde as dependências são frequentes.

História da droga e das adições

A droga, o Poder e o Saber. Ancoragens científicas

Classificação das drogas. Novas drogas. Outras dependências; as adições sem substância. Critérios de diagnóstico (DSM-V)

A toxicodependência: sujeito e comportamentos. Nosologia. Co dependência. Co morbilidade. Estilos de vida.

Comportamentos aditivos, adolescência e juventude: principais teorias explicativas. Situações de risco. Tipos de consumo. Adições e envelhecimento

Toxicodependência e criminalidade. Modelos explicativos. Desvios e carreira droga-crime. Criminalidade emergente Criminalização das drogas: períodos

A política de descriminalização; novas estratégias. Intervenção política. A experiência portuguesa e a criação das Comissões para a Dissuasão da Toxicodependência: estrutura; psicologização da intervenção e natureza juspsicológica. Dispositivos clínicos

Prevenção do consumo: níveis; natureza global. Redução de riscos e minimização de danos. Construção de programas de prevenção e intervenção

Além da componente expositiva, privilegiar-se-á o contacto com os cenários sociais e institucionais, por exemplo com as CDT (Comissões para a Dissuasão da Toxicodependência), autarquias e dispositivos clínicos, a par de diversas IPSS que atuam no terreno. Cumulativamente com o trabalho fora de sala de aula será promovida a reflexão sobre a relação droga-crime a partir de textos ou presenças de especialistas. A avaliação reparte-se pelo trabalho desenvolvido, sendo obrigatória a participação em três iniciativas promovidas ou apoiadas pelo curso, com elaboração de relatório de cada atividade (50%) e pela realização de uma frequência (50%).

Abadinsky, H. (2013). Drug Use and Abuse: A comprehensive introduction. USA: Cengage Learning

Agra, C., Fonseca, E., Quintas, J., & Poiares, C. (1997). A criminalização da droga: da emergência à aplicação da lei. Lisboa: GPCCD

Agra, C. (2008). Entre Droga e Crime. Cruz Quebrada: Casa das Letras Angel, P., Richard, D. &

Brochu, S., Agra, C. & Cousineau, M. M. (2002). Drugs and crime deviant pathways. Montreal: Ashgate

Negreiros, J. (2006). Injecção de drogas, comportamento sexual e risco de VIH. Porto: LIVPSIC

Poiares, C. (1999). Análise psicocriminal das drogas – O discurso de Legislador. Porto: Almeida & Leitão

Valleur, M. (2002). Toxicomanias. Lisboa: Climepsi