Disciplina Informática Musical: Composição, Investigação e Performance

A informática musical explora um vasto campo interdisciplinar, através de problemas que se situam na fronteira entre música e várias disciplinas científicas, como as ciências da computação, as ciências cognitivas, a matemática ou a acústica. Nesta disciplina, os alunos adquirem competências específicas à composição, investigação e performance de música informática, nomeadamente através do domínio de linguagens de programação de som, com vista à realização de um projeto final. O timbre, o espaço, e sobretudo a automação são dimensões fundamentais da música do século XX e XXI, que se expressam numa proliferação de estéticas e tecnologias computacionais. Reflectindo teoricamente sobre os problemas propostos bem como realizando actividades de natureza prática, pretende-se que os alunos desenvolvam competências críticas sobre a utilização aprofundada dos computadores, e sua relação com o som.

Unidade curricular centrada na informática musical através de três dimensões fundamentais: Composição, Investigação e Performance. 

O programa procura debater o papel da automação na música de hoje, reflectindo sobre a evolução da música electrónica, suas numerosas linguagens, tecnologias e estéticas, desde a musique concrète até à computer music.

Aborda, entre outros:

1. Os algoritmos nas Artes Sónicas.

2. Composição musical assistida por computador; 

3. Geração algorítmica de partituras.

4. Probabilidades e Gramáticas. 

5. Algoritmos interactivos.

6. Caos e Fractais.

7. Redes Neuronais e Música. 

8. Algoritmos Genéticos e Musicologia Evolucionista.

9. Som e Inteligência Artificial

Estes tópicos são abertos, funcionando como estímulos para que os alunos, dentro de uma das três grandes áreas da disciplina, realizem de forma autónoma uma investigação teórica/artística/técnica, considerando os recursos tecnológicos associados bem como os modos performativos e estéticas decorrentes.

A metodologia de ensino consiste em aulas teóricas (com recurso a materiais audiovisuais e multimédia), e aulas práticas, centradas na informática musical. Para além da exposição teórica, recorre-se a linguagens informáticas avançadas na programação de som, como o Supercollider ou o FAUST.

Barlow, C. (2012) On Musiquantics  Musicological Institute of the University of Mainz

Cottle, D. M. (2006) Computer Music with examples in SuperCollider 3. University of California 

Licata, T. (ed.) (2002) Electroacoustic Music. Analytical Perspectives. Praeger 

Miranda. E. R. (2001) Composing music with computers. Focal Press

Nierhaus, G. (2009) Algorithmic Composition. Paradigms of Automated Music Generation. Springer

Roads, C. (2002) Microsound. MIT Press

Xenakis, I. (1992) Formalized Music. Thought and mathematics in composition. Pendragon Press

Wilson, S., Cottle, D. and Collins, N. (eds). (2011). The SuperCollider Book. Cambridge, MA: MIT Press