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Adalberto Alves: 40 Anos de Vida Literária

Homenagem ao advogado, poeta, estudioso, divulgador e intérprete da civilização arábico-islâmica.

24.03.23 - 10h20

Com organização e apresentação pelos coordenadores Fabrizio Boscaglia e Maria João Cantinho, as Edições Universitárias Lusófonas, em parceria com a Comunidade Islâmica de Lisboa, realizou-se a sessão de lançamento da obra “Adalberto Alves: 40 anos de vida literária”. O volume reúne documentos, ensaios e materiais inéditos, em homenagem a Adalberto Alves, advogado, poeta, estudioso, divulgador e intérprete da civilização arábico-islâmica, particularmente do período do al-Andalus (Península Ibérica, 711-1492) e que abraça vários domínios do saber, embora as duas vertentes principais da sua obra sejam a poesia e o ensaio de cariz arabista.

Um dos maiores exemplos, ou talvez o mais conhecido, do trabalho de Adalberto Alves é a tradução para português da poesia de al-Muʿtamid e de Ibn ʿAmmār, dois dos maiores poetas árabes do al-Andalus. No entanto, contribui ainda nas áreas da espiritualidade islâmica (Sufismo), do direito, da linguística, da ecologia e da cidadania, para além da poesia, que constitui a sua “mais distintiva vocação, a qual anima a sua inspiração intelectual”.

O livro apresentado na tarde do dia 11 de março, decorre na sequência da homónima mostra realizada na Biblioteca Nacional de Portugal, no ano de 2020 e contém “mais de trinta textos, homenagens e testemunhos de poetas, escritores intelectuais e académicos portugueses e internacionais, contando ainda com documentos inéditos, entrevistas e dezenas de imagens de arquivo a cores”.

No Salão Nobre da Mesquita Central de Lisboa, a sessão de lançamento começou com a sura de abertura do Alcorão e foi seguida por declarações dos coordenadores e organizadores do evento.

Maria João Cantinho iniciou o seu discurso com a leitura de partes das obras: “Uma flor no silêncio” e “Infinitude”, de Adalberto Alves, partindo de um panorama geral em relação à obra do escritor. Referiu a importância da “poesia árabe e persa” na poesia contemporânea atual e caracterizou a escrita de Adalberto Alves como uma “voz única e representativa”, caracterizando-o como “um poeta muito inspirado”, que possui “temas poéticos ecléticos”.

Fabrizio Boscaglia reservou um momento inicial para agradecimentos e afirmou que a adesão ao evento, ou seja, a participação “é um sinal de que a obra de Adalberto chegou a muitas pessoas”. Segundo o mesmo, Adalberto tem para si um dos maiores objetivos, que é: “ajudar-nos a melhorar enquanto seres humanos”, tendo em conta que “tem sido porta para uma comunidade de leitores que se interessam pela cultura arábico islâmica”, sendo “ponte entre culturas e comunidades”, principalmente pelo facto de “despertar curiosidades sobre o tema do Islão”. Para ele a obra e vida do escritor ajudam a “desconstruir preconceitos”, uma vez que tenta “afirmar os estudos árabes islâmicos num contexto académico” de maneira “autodidata, intelectual e independente”, com “energia e paixão”.

Quando lhe foi passada a palavra, Adalberto Alves começou por intitular-se como um “aprendiz” e “permanente devedor de agradecimentos”, demonstrando logo em seguida, a sua “alegria e honra” em realizar a sessão de lançamento num local que, para ele, é “de referência ao que respeita a tolerância e cultura”. Afirmou que a apresentação é uma passagem aos seus 40 anos de vida literária e fez referência a um dos maiores segredos da vida: “ser humildemente humilde”. Relacionou ainda a importância da família, das amizades e do trabalho e partiu para um momento de citações. Anunciou por fim uma sessão de autógrafos e acabou a sua intervenção com um convite à leitura: “Não nos deixem morrer, leiam a nossa poesia!”.

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