Disciplina Computação Audiodigital e Design de Interfaces

Esta UC fornece conhecimentos sobre uma diversidade de práticas artísticas que exploram interfaces sónicos, visuais e audio-visuais. Estimula o desenvolvimento duma perspectiva crítica sobre o design de interfaces. O conhecimento de exemplos artísticos é complementado com conhecimentos oriundos da teoria do som, teoria audiovisual, design de interacção e ciências da percepção. Esta abordagem interdisciplinar motiva o desenvolvimento de trabalhos práticos. Articulando teoria e prática, o estudante ganha competências ligadas à exploração do som com diversos meios de criação.

• Arte sonora, do início do século XX até hoje. Interfaces físicos, electrónicos e digitais. Espaço físico como material criativo.
• Ferramentas para a análise de:
  • Interacção / esforço cognitivo.
  • Dinâmica / taxonomia de continuidades e descontinuidades relacionadas com a atenção.
  • Tipos de relação audio-visual / efeitos perceptivos.
  • Semântica do som e do set-up físico. Relação com a atenção.
• Processos de análise digital do som. Análise de amplitude vs. análise de frequência. Análise digital vs. percepção humana.
• Criação de peças sonoras: gravação e edição de sons, elaboração/ configuração de sistemas analógicos e/ou digitais, criação de sistemas de notação gráfica, registos sonoros.
• Criação de websites com a apresentação, contextualização e análise dos trabalhos práticos. 

São fornecidas ferramentas teóricas para a análise de trabalhos sonoros, visuais e audiovisuais. Estas fundamentam-se em conhecimentos oriundos da neurociência, psicologia, musicologia, teorial audio-visual e design de interacção. São utilizadas na discussão de múltiplos trabalhos artísticos, históricos e recentes. 

O trabalho prático desenvolve-se cumulativamente: captar e editar sons, explorar sistemas analógicos e digitais, conceber dramaturgias sonoras, gravar resultados. O acompanhamento tutorial foca-se na relação conceito/ escolha de meios/ forma-conteúdo. O aluno deve complementar as aulas com investigação autónoma, de modo a explorar as suas próprias inclinações e competências. 

• Sá, A., Carvalhais, M., McLean, A. et al. (2015). Live Interfaces: Seeds of Debate. INTER-FACE - Proceedings of ICLI 2014, pp 14-28. Universidade do Porto, CECL & CESEM (Universidade NOVA), e MITPL (University of Sussex). ISBN 978-989-746-060-9. http://www.cityarts.com/adrianasa/ICLI_2014-Proceedings.pdf
• Cascone, Kim (2000). The Esthetics of Failure: Post-Digital Tendencies in Computer Music. Computer Music Journal 24 (4) pp 12-18.
• Sá, Adriana & Tanaka, Atau (2019). The Variables of Spatial Presence: A Parametric Model. xCoAx 2019 Proceedings. http://2019.xcoax.org/pdf/xCoAx2019-Sa.pdf
• Sá, Adriana (2017). Designing Musical Expression. xCoAx 2017 Proceedings. ISBN: 978-989-746-128-6 http://2017.xcoax.org/pdf/xcoax2017-Sa.pdf
• Tanaka, Atau (2009). Sensor-Based Musical Instruments and Interactive Music. Creative and Performance Modes, ed. Dean, R., The Oxford Handbook of Computer Music pp 233- 257.