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Entrevista: Richard Zimler

O escritor respondeu às perguntas do Notícias Lusófona.

30.03.17 - 00h00


Disse que já leu várias obras sobre religiões. Qual foi aquela que mais o marcou?

As obras que mudaram a minha vida foram escritas por um judeu-alemão que se chamava Gershom Scholem. Ele escreveu sobre a Kabbalah, o ramo místico do judaísmo. Ele tem vários livros e para mim as suas obras foram uma revelação.

Porquê o Lázaro? Por que decidiu escrever a história na sua perspetiva?

Porque sempre fiquei fascinado com a ideia de alguém acordar no seu túmulo... e quando a sua irmã diz ¿tu estavas morto!¿. Evidentemente isso é uma experiência única e eu pensei que dava um bom romance escrever na perspetiva dele. Ou seja, uma pessoa que volta à vida, desorientada, fragilizada, e terá que reconquistar a sua vida.


Tem alguma religião?

Não, sou ateu.

O facto de ser ateu não interferiu na sua escrita?

Não, porque eu sou como um ator. Imagine que no próximo papel da Meryl Streep, ela terá de interpretar uma mulher japonesa do século XVIII. Isso será um problema? Não. Ela vai estudar, fazer pesquisas, e vai usar toda a sua técnica, inteligência e experiência para pôr-se na pele de uma japonesa do século XVIII. E eu faço igual. Eu não sou o Lázaro. Lázaro, que é o narrador do livro, foi um judeu que existiu há dois mil anos atrás. Então eu escrevi da perspetiva dele e não da minha.

Yauri Neto
Comunicação Institucional
Notícias Lusófona

Leia, também, a notícia "Zimler, um ateu amante das religiões"

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