Webinar destaca o papel das redes sociais no ativismo feminista e os desafios do engajamento digital
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Sofia Caldeira, docente e investigadora no CICANT — Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias da Universidade Lusófona, apresentou no recente Webinar "Feminismo e Redes Sociais" as suas investigações sobre o impacto das redes sociais nas práticas feministas contemporâneas.
Desde o surgimento das redes sociais, o ativismo feminista encontrou novas formas de expressão e mobilização. Movimentos como o #MeToo ou o "Vermelho em Belém" são exemplos de como plataformas digitais têm amplificado vozes e criado comunidades globais em prol da igualdade de género e da justiça social. Mas, como é que esta nova forma de ativismo digital está a transformar a luta feminista?
Sofia Caldeira partilhou com os participantes do Webinar os resultados da sua investigação pós-doutoral, financiada pela Comissão Europeia através de uma bolsa Marie Curie, onde explorou como o Instagram se tornou um palco relevante para o feminismo quotidiano. "As redes sociais tornaram-se um espaço essencial para práticas feministas diárias, permitindo que pessoas comuns participem no debate político e promovam mudanças sociais", referiu a investigadora.
Caldeira analisou ainda como figuras influentes, como Tânia Graça, utilizam o Instagram para promover questões de justiça social e feminismo, recorrendo a estratégias de visibilidade que potenciam o engajamento e a disseminação de mensagens. Durante a sessão, destacou também o movimento "Vermelho em Belém", um marco no ativismo digital em Portugal, que mobilizou milhares de pessoas contra o sexismo na política.
Apesar do enorme potencial das redes sociais para impulsionar movimentos feministas, Sofia Caldeira alertou para os desafios e limitações deste ativismo digital, nomeadamente as questões relacionadas com a visibilidade algorítmica e a lógica comercial das plataformas.
Cobertura
Sara Serrano e Renato Costa
Edição
Beatriz Silva
Notícia
Sara Serrano