Investigação explora o impacto do isolamento, confinamento e stress em locais como o espaço, a Antártida ou o fundo do mar
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
O professor Pedro Quinteiro, da Universidade Lusófona, apresentou recentemente os avanços da sua investigação sobre ambientes isolados, confinados e extremos, em contexto de trabalho e missão científica. A palestra, dirigida à comunidade académica, destacou como estas condições-limite, desde estações espaciais e submarinos até bases na Antártida, influenciam o comportamento humano, o desempenho das equipas e a saúde mental.
Segundo o investigador, estes ambientes, embora invulgares no dia-a-dia da maioria das pessoas, oferecem uma oportunidade única para estudar as capacidades de adaptação humana, tanto individual como coletiva.
A investigação combina métodos de psicologia, antropologia e observação participante, incluindo expedições reais à Antártida e grutas nos Açores, além de colaborações com a Agência Espacial Europeia e a Marinha Portuguesa. Um dos projetos em destaque é o Subsea, que analisa, com recurso a dados fisiológicos e psicológicos, o impacto do confinamento em missões subaquáticas.
Além da relevância científica, Pedro Quinteiro sublinhou a importância das relações interpessoais para o sucesso em contextos extremos: “São as dinâmicas humanas que, no fundo, permitem que tudo o resto funcione.”
Convidado
Pedro Quinteiro – Professor Associado na Escola de ciências Económicas e das Organizações na ULusófona
Produção
Filipa Cavém
Imagens
Filipa Cavém e Cristo Chikale
Edição
Cristo Chikale
Notícia
Filipa Cavém